Uso da ciência style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever"> A ciência tem sido maltratada por profissionais que vêm a público falar os mais diversos absurdos. A utilizam a seu bel prazer, para sustentar argumentos que não existem evidências. Fica claro que está faltando racionalidade para o debate atual. A ciência é o norte essencial, visto que foi graças a ela que se produziu a vacina, os equipamentos que estão salvando vidas e as orientações dos tratamentos. O debate atual, portanto, deveria ser pautado a partir do conhecimento científico, e para isto é preciso algum esclarecimento. EXPERIMENTOS Quando a resposta a um medicamento é testada, um dos elementos essenciais é reduzir as variáveis que podem atrapalhar a pesquisa. Como o ser humano é complexo, e tem atividades variadas, uma das formas é dividir o grupo de "cobaias" e ministrar para um grupo o medicamento e no outro ministrar algum placebo (substância inerte). Após um tempo de acompanhamento, mede-se a diferença de resposta entre o grupo que recebeu a medicação e o grupo controle (que recebeu o placebo) a fim de verificar estatisticamente se existe variação significativa ou não. Após o estudo ser feito e existir algum indício de funcionamento ou não do fármaco, este deve ser publicado em uma revista com avaliação por pares. Isto é importante, pois no universo da internet existem revistas "livres" na qual é possível publicar artigos antes de estarem prontos e artigos "falsos" sem problema algum. Estes espaços, no geral, são utilizados para colocar pesquisas em andamento que ainda precisam ser lapidadas. Portanto, artigos que não estão ainda publicados em revistas qualificadas devem ser evitados, pois além de poder conter erros, existe o fato de não serem revisados por especialistas da área, que irão avaliar a metodologia, os dados e se o resultado do trabalho condiz com o que foi exposto pelo estudo. SITUAÇÃO COMPLICADA A situação atual do debate está bem complicada, pois tem-se utilizado como referência argumentativa, com muita frequência, artigos que ainda não foram publicados em revistas especializadas. Enquanto artigos já publicados, que apresentam evidências científicas sólidas, são ignorados. Além disso, diretrizes de órgãos internacionais de saúde e observatórios da Covid, são utilizados como argumentos para um lado, enquanto dizem justamente o oposto. Vivemos um caos informacional, e muitos profissionais que deveriam informar, estão trazendo desinformação para o público.
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Lula e a democraciaRogério Koff style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever"> Na semana passada, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou condenações do ex-presidente Lula em processos da Lava Jato, mais especificamente em quatro acusações: as do tríplex do Guarujá, Sítio de Atibaia, sede do Instituto Lula e doações da Odebrecht. É uma pá de cal na Operação Lava Jato, que pela primeira vez na história do país levou à prisão figurões da política e do empresariado nacional. Por alguns anos, os brasileiros ficaram iludidos de que não só os pobres, mas bandidos de colarinho branco também iriam para a prisão. Ao menos de forma provisória, o ex-presidente recupera seus direitos políticos e se torna alternativa do PT e da esquerda para as eleições do próximo ano. Há recurso em andamento movido pela Procuradoria Geral da República, mas estes processos costumam demorar. Enquanto isso, Lula apresenta a si próprio como opção no jogo político. Ou poderá indicar outro poste para cumprir suas determinações, como tentou fazer com Dilma e depois fez com Haddad.
PODER ÚNICO Fatos como este provam que o STF é o único verdadeiro poder da república. Acabou a ilusão de que vivemos em uma democracia na qual há divisão e independência entre os poderes. Há pouco tempo, o Supremo determinou a prisão de um jornalista e de um deputado, por conta de manifestações políticas. O Brasil é o país no qual pessoas podem ser condenadas sumariamente e presas por causa de uma opinião. Outras acabam soltas mesmo depois de várias condenações na justiça comum. Lula ocupa generosos espaços na mídia e já começa a se apresentar como uma "alternativa democrática" contra supostos arbítrios do atual presidente Jair Bolsonaro. Nada mais falso. Já que a cultura do cancelamento está em voga, que tal lembrar que, na época em que presidia o Sindicato dos Metalúrgicos, Lula elogiou Adolf Hitler e o aiatolá Khomeini em uma entrevista à revista Playboy? Sobre Hitler: "Ele tinha algo que eu admiro num homem, que é o fogo de se propor a fazer alguma coisa e tentar fazer". Sobre os gays, o leitor pode buscar um vídeo na internet, no qual ele fala que certa cidade gaúcha teria fama de ser "exportadora de veados". O que aconteceria se a manifestação fosse de Bolsonaro? Mas a esquerda, sempre de joelhos para seu líder, limitou-se a rir. Na época de seus governos, o PT tentou rasgar a Constituição e criar um monstrengo chamado Conselho Federal de Jornalismo, cujo objetivo era fiscalizar e disciplinar o exercício da profissão de jornalista. Seria formado uma espécie de "comitê" para deliberar sobre a atuação dos meios de comunicação. Uma evidente tentativa de censura, que não obteve aprovação no Legislativo. Também celebrou parcerias e enviou dinheiro para ditaduras de esquerda. Isso sem falar nos incontáveis escândalos de corrupção, os quais o STF agora deseja minimizar. Jornalistas de memória curta acreditam que Bolsonaro é o tirano e Lula a alternativa democrática. Dá vontade de rir, não fosse para chorar..
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